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John Williams In The Feels

Todo artista precisa de ar fresco na cabeça. Precisa se inspirar e renovar as referências para poder continuar criando e produzindo. Aqui em Toronto ando prestando mais atenção a isso. Então resolvi a assistir pelos menos um concerto por mês. O escritório do meu maridinho fica extamente na frente de uma das salas de concerto mais lindas ever, o Roy Thomson Hall. Então fica muito fácil assistir algo especial lá.


Epa, peraí! Eu já vi esse lugar antes!


Sim, sim, se você é geek como eu, vai reconhecer o Roy Thomsom Hall: é a sede dos SEVEN, o HQ dos heróis muy-amigos (NOT!) da série The Boys - Amazon Prime, que POR ACASO foi filmada aqui na rua de casa.


Isso isso, é essa mesmo! Repara nos vitrais atrás do Homelander!


Além de The Boys, o Roy Thomson Hall é um espaço que aparece em várias outras séries, como The Expanse, Suits, Handmaid's Tale, etc. Falarei sobre isso em breve! #empolguei


Duas notas aterrorizantes


Essa semana tive o privilégio de assistir o concerto "Music of John Williams". Se você é geek como eu, sabe como isso é especial. Se você AMA cinema ardorosamente como eu, sabe que assistir um concerto desses até dói!


A sala está escura e lotada. O maestro entra e não diz nada. A luz focada, se torna azul. E duas notas são tocadas. JAWS. Em seguida, a orquestra acompanha. O tubarão vai te pegar. ARREPIOS. Cada nota, cada "pling", o tãn-dãn crecendo. O tubarão te pega, game over.


Em seguida, uma aula de apreciação musical e cinematográfica: o maestro Steven Reineke é especialista em concertos "pops" e começa a conversar com a platéia. Conta historietas sobre John Williams e Spielberg, e uma pitada de Walt Disney. "A música de John Williams concebe característica e recheio ao personagem. Tudo fica melhor e mais profundo. Você ouve Indiana Jones e já pensa no Harrison Ford."


Duas notas para JAWS, cinco notas para CLOSE ENCOUNTERS OF THE THIRD KIND.


A iluminação amarelada e as 5 notas tan - dan - DAN - dan - daaan me fazem pensar no Richard Dreyfuss enlouquecendo no purê de batatas alienígena. (se você é geek como eu, sabe do que estou falando!). Lagriminha e arrepio, lembro do meu pai, lembro da minha infância. Poxa maestro!


Depois, tambores, tambores, tambores e descubro que a música de Indiana Jones é UMA MARCHA! Já parou para pensar nisso?


RAIDERS OF THE LOST ARK de repente me fazem pensar que, poxa poxa, eu poderia usar essa marcha no meu casamento, ao invés da marcha nupcial! If only I knew! Mas em frente, a música continua correndo - e você também - a pedra rolante vai te alcançar! Ou a ponte do abismo vai desamarrar ou o templo vai colidir!... hahaha, só corre!

Fun fact: esse chapéu aí do Indy foi fabricado em CAMPINAS, acredita?

Isso mesmo, Campinas. Estamos todos conectados!


In the Feels


E pra que se emocionar menos? Vem mais um pouco da aula de apreciação musical + cinematográfica: anedotas sobre como Spielberg resolveu re-filmar e re-editar a cena INTEIRA das bicicletas do ET para poder encaixar a música de John Williams. A iluminação azul escuro e cintilante, as bicicletas começam a voar, na minha mente. De novo, lembro do meu pai. Ele ia AMAR esse concerto.... sniff!


O concerto segue arrebentando. In the feels total.


THE FLIGHT TO NEVERLAND, de HOOK. Tudo verde, Robin Williams, never fucking grow up.


THE TERMINAL, baseado em uma história real onde um imigrante morou no Charles de Gaulle por 18 anos. Isso mesmo, 18 anos. (melhor do que voltar para aquele oriente médio dos infernos, pelo jeito #notsorry). THE LOST WORLD, a floresta escura cheia de dinossauros mais power do que nunca. MEMOIRS OF A GEISHA, com um solo de cello de gelar a espinha. Pra animar, HARRY POTTER e aquela partida de quidditch. A coruja Hedwig voa na nossa mente, enquanto a orquestra voa com os instrumentos.


Mais Feels! FEELadelphia


Eis que vemos tudo cinza, e o violinista solo, se põe em pé. SCHINDLER'S LIST.


De acordo com a historinha da vez, John Williams falou à Spielberg "Eu não acho que sou capaz de compôr uma música digna deste filme. Você precisa de um compositor melhor, Steven!" e ele respondeu. "I know. But they're ALL DEAD!"

Vai ter que ser você mesmo, John.


E eis que temos o grand finale: STAR WARS. Os metais da orquestra estão em speed warp. Estrelas! Penso em quem, adivinha? Meu pai de novo.... Penso também na minha adolescência - eu amava Star Wars na época, hoje nem tanto, confesso. Penso em uma grande amiga que a distância afastou. Fecho os olhos e a orquestra toca a trilha sonora dos meus pensamentos. Sniff again.


Vem a marcha imperial do Darth Vader. Outra marcha genial! Mas essa eu já sabia que era marcha... Mais uma vez, os pensamentos se misturam com as memórias e a alma chora um pouquinho. Eu sou emotiva pra caramba, oras!


Jazz, dança e woo-hoo


Depois de tudo finalizado, sorrisos, risadas, gritinhos (wooooooo-hoooo) e palmas palmas palmas para o simpaticíssimo e falante maestro, para o John Williams e para todo mundo que veio celebrar essas músicas tão intensamente costuradas nas nossas vidas.


Só que pra deixar a galera NAQUELE HIGH, o maestro faz bis: o jazz alegrinho da Cantina de Star Wars começa a tocar e a platéia enloquecida acompanha os músicos com palmas ritmadas!


Todo mundo rindo e dançando!


Que outra orquestra convida os mortais a participar da música? Só a orquestra do John Williams mesmo. Eu AMO AMAR cinema.




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